Por Lau Siqueira
Nosso país está doente. Quase em estado terminal. Não apenas pelos escândalos
que envolvem as instâncias de poder do Planalto Central e os grandes grupos
empresariais brasileiros. Estamos vivendo um momento muito complexo em todos os
sentidos. Parece que abriram a porta do inferno e o primeiro a sair correndo e
gritando “Deus nos acuda”, foi o diabo. Já não sabemos mais quantos interesses
estão envolvidos nos escândalos que abalam a nação. O certo é que dentro das
estruturas de poder, abrigamos uma verdadeira máfia e mafiosos como o senador Aécio
Neves. Alguém que fala direta e nitidamente da necessidade de fazer “queima de
arquivo”, não deveria estar na vida pública. Deveria estar na cadeia.
E quanto ao Temer, também pego com a mão na botija da JBS? Um fantoche ungido num golpe cheio de episódios deprimentes. Ele não é e nunca foi presidente. Continua muito decorativo para ser governante. Sequer mostra competência para administrar seu lado obscuro. Sem ter vencido eleição alguma para estar onde está, foi derrotado pela própria sombra. Um político de safra vencida. Um vampiro da vaidade humana escolhido num acordo eleitoral para ser o vice da Dilma. Não precisa renunciar. Precisa apenas desocupar imediatamente um lugar que não é e nunca foi seu. Precisa ser julgado por uma confissão de culpa expressa numa gravação que não deixa dúvidas. Temer é corrupto e corruptor. Há convicção e há prova. No entanto, condena uma nação inteira para se manter no comando, sem comandar nada.
Mas, nada disso surpreende. Certamente temos muito ainda o que aprender em termos de transparência e idoneidade. Acabar com o financiamento privado de campanha seria um bom começo. Afinal, podemos até nos fazer de desentendidos, mas o caixa 2 existe exatamente para o financiamento “informal” das campanhas. Se parte dos beneficiados aproveita para aumentar o patrimônio é outro papo. O fato é que esse tipo de financiamento é o começo de tudo. Ou quem defende financiamento privado saberia explicar como uma empresa pode investir milhões em várias legendas, sem querer nada em troca? É dessa fonte que chegam os recursos para compra de votos. E político que compra votos é o mesmo que vende a alma.
A ânsia de pegar Lula provocou dois fenômenos. Um ódio inexplicável ao próprio Lula e ao PT por parte de segmentos expressivos da sociedade. Por outro lado, gerou um fortalecimento imenso do petista. Lula já era quase carta fora do baralho. Mas, a preço de hoje ele seria imbatível em 2018. No que está posto, muitas histórias não são contadas. Ou são contadas pela metade. Talvez contadas por desafetos ou correligionários. Por exemplo, em relação à Rede Globo. Dizem que está no vermelho. Perdeu espaço para a Netflix, para o Facebook, para as redes sociais. A Globo parou no tempo. Praticamente as pessoas hoje ligam maisocomputador que a TV. Suas novelas já não encantam tanto assim as novas gerações. Dizem também que a CIA comanda tudo lá da cozinha do Trump. Ou seria do sanitário? Dizem que o Juiz Moro é o próprio dito cujo. Enfim, são muitas estórias travando uma história.
Estamos vivendo um caos nitidamente planejado. Os escândalos acontecem em sequência. Um abafa o outro e tudo fica inconcluso. Agora já dizem que as provas das últimas gravações são inconclusivas quando as gravações de Jucá já eram suficientes para um freio de arrumação na Lava-Jato. Cunha na cadeia é como Fernandinho Beira-Mar e Marcola. Não perdeu o comando. Não vacila na propina. Seu silêncio vale milhões e ele sabe. Por outro lado, o Juiz Moro, forjado herói midiático, não deseja a “delação premiada” do Cunha. Por que, Moro? Estamos à mercê de uma verdade que jamais nos será contada. Ficará para os historiadores dos próximos vinte anos desvendar, conforme o interesse das classes que representam. Enquanto isso, o país afunda dia após dia. Escândalo após escândalo. Parece que estamos retornando de um sonho, montados num pesadelo tão enigmático que dá medo de acordar.
Poema visual que fiz anos atrás |
Por outro lado, um fato na
delação dos estranhos personagens da JBS fugiu às análises. Esse fato é o preço
da defesa de Aécio sustentada por um esquema de caixa 2. Dois milhões de reais.
Certamente, não seria apenas para o advogado. Não é real discutir honorários
advocatícios nesse padrão, convenhamos. Ou então vamos começar a nos perguntar
sobre uma certa fração de juristas inescrupulosamente ricos. Certamente, esse
dinheiro percorreria uma rota de corruptíveis personalidades, muito
provavelmente, do próprio mundo jurídico. É muito bolso para se guardar 2
milhões não declarados. Não vamos esquecer que alguns setores do Judiciário tem
se posicionado de forma exótica, digamos assim.
E quanto ao Temer, também pego com a mão na botija da JBS? Um fantoche ungido num golpe cheio de episódios deprimentes. Ele não é e nunca foi presidente. Continua muito decorativo para ser governante. Sequer mostra competência para administrar seu lado obscuro. Sem ter vencido eleição alguma para estar onde está, foi derrotado pela própria sombra. Um político de safra vencida. Um vampiro da vaidade humana escolhido num acordo eleitoral para ser o vice da Dilma. Não precisa renunciar. Precisa apenas desocupar imediatamente um lugar que não é e nunca foi seu. Precisa ser julgado por uma confissão de culpa expressa numa gravação que não deixa dúvidas. Temer é corrupto e corruptor. Há convicção e há prova. No entanto, condena uma nação inteira para se manter no comando, sem comandar nada.
Mas, nada disso surpreende. Certamente temos muito ainda o que aprender em termos de transparência e idoneidade. Acabar com o financiamento privado de campanha seria um bom começo. Afinal, podemos até nos fazer de desentendidos, mas o caixa 2 existe exatamente para o financiamento “informal” das campanhas. Se parte dos beneficiados aproveita para aumentar o patrimônio é outro papo. O fato é que esse tipo de financiamento é o começo de tudo. Ou quem defende financiamento privado saberia explicar como uma empresa pode investir milhões em várias legendas, sem querer nada em troca? É dessa fonte que chegam os recursos para compra de votos. E político que compra votos é o mesmo que vende a alma.
A ânsia de pegar Lula provocou dois fenômenos. Um ódio inexplicável ao próprio Lula e ao PT por parte de segmentos expressivos da sociedade. Por outro lado, gerou um fortalecimento imenso do petista. Lula já era quase carta fora do baralho. Mas, a preço de hoje ele seria imbatível em 2018. No que está posto, muitas histórias não são contadas. Ou são contadas pela metade. Talvez contadas por desafetos ou correligionários. Por exemplo, em relação à Rede Globo. Dizem que está no vermelho. Perdeu espaço para a Netflix, para o Facebook, para as redes sociais. A Globo parou no tempo. Praticamente as pessoas hoje ligam maisocomputador que a TV. Suas novelas já não encantam tanto assim as novas gerações. Dizem também que a CIA comanda tudo lá da cozinha do Trump. Ou seria do sanitário? Dizem que o Juiz Moro é o próprio dito cujo. Enfim, são muitas estórias travando uma história.
Estamos vivendo um caos nitidamente planejado. Os escândalos acontecem em sequência. Um abafa o outro e tudo fica inconcluso. Agora já dizem que as provas das últimas gravações são inconclusivas quando as gravações de Jucá já eram suficientes para um freio de arrumação na Lava-Jato. Cunha na cadeia é como Fernandinho Beira-Mar e Marcola. Não perdeu o comando. Não vacila na propina. Seu silêncio vale milhões e ele sabe. Por outro lado, o Juiz Moro, forjado herói midiático, não deseja a “delação premiada” do Cunha. Por que, Moro? Estamos à mercê de uma verdade que jamais nos será contada. Ficará para os historiadores dos próximos vinte anos desvendar, conforme o interesse das classes que representam. Enquanto isso, o país afunda dia após dia. Escândalo após escândalo. Parece que estamos retornando de um sonho, montados num pesadelo tão enigmático que dá medo de acordar.
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