quinta-feira, 22 de maio de 2014

O ESPERADO RETORNO DA SINFÔNICA


Por Lau Siqueira

A Orquestra Sinfônica da Paraíba é um dos maiores patrimônios culturais do Nordeste. Nos últimos tempos passou por uma crise que balançou suas estruturas. Algo praticamente inevitável e que podemos atribuir a causas diversas. Então a bomba caiu nas mãos do Ministério Público. Havia um convênio absolutamente frágil mantido ano após ano, com a Universidade Federal da Paraíba. Todos sabiam: um dia a corda iria rebentar.  Foi exatamente o que aconteceu nesta gestão. As incompreensões e as tensões diante do inevitável foram muitas. A tentativa incendiária de politizar os fatos, por exemplo. Foram muitas as pequenas tragédias seqüenciais. O fato é que o inexplicável continuava inexplicável. Tudo coberto por uma cortina de mágoas passadas. Todavia, chegamos no momento do necessário recomeço. Afinal, a OSPB é maior que qualquer governo e que qualquer interesse particular ocultado pelos bastidores.

O primeiro Concurso Público realizado pela OSPB foi um ato de coragem do Governador Ricardo Coutinho e do Secretário de Cultura, Chico Cesar. Era mesmo necessário zerar o jogo para um recomeço seguro. Mas, entre erros e acertos, convenhamos, o saldo é positivo. Houve determinação e coragem para mexer num vespeiro antigo. E houve, certamente, mais barulho que quebradeira. A omissão dos governos anteriores manteve um convênio viciado e a OSPB pagou um preço perdendo grandes músicos. Todavia, ganhou uma força renovada com os concursados, aliados aos remanescentes. Músicos experientes e dedicados. Até mesmo as mágoas abriram as janelas para um novo tempo, para uma caminhada que recolocará novamente a OSPB entre as principais orquestras do País. E para isso teremos um grande timoneiro.

Esse timoneiro é o maestro Luiz Carlos Durier, cuja vida se confunde com a OSPB. Muito especialmente com a Orquestra jovem. Ao contrário de outros que trocam a batuta pela suástica, Durier tem inteligência emocional, sensibilidade e capacidade técnica para conduzir a nossa Sinfônica. O caminho de volta para posicionar-se entre as grandes orquestras está assegurado. Afinal, a OSPB contará com o suporte necessário e terá a seu dispor uma das mais modernas salas de concerto do país, a partir da reabertura de um Espaço Cultural também renovado e arejado em suas funções de aglutinar o melhor da arte paraibana. Parece-nos que a OSPB já estava se acostumando à precarização, governo após governo. Mas, depois do Governador Tarcísio Burity que deu à Orquestra a importância merecida, estamos novamente com as portas abertas para vivenciar o futuro. Sejamos testemunhas de uma história que, em breve, se resumirá em uma palavra: Bravo!

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