Por Lau Siqueira
A morte não é uma escolha. Nem mesmo a vida é uma escolha. Simplesmente nascemos. Simplesmente morremos. Temos prazo de validade. Entre o nascimento e a morte escrevemos nossa história. Entre alegrias e tristezas, cada um segue seu caminho. O fato é que a vida e a morte são absolutas. São certezas inexplicáveis. No mais, somos seres feitos de afeto. Por isso sentimos tanto algumas perdas. Por isso também tantas outras nos são indiferentes. Há os que escrevem páginas de sangue. Mas, sobretudo há aqueles iluminados que surgem vestidos de magia. Os que viajam no voo das palavras. Nas cores e no cheiro de amor que espalham pelas estradas. Há os que comovem até pelo silêncio. Este foi o caso do poeta Manoel Monteiro. Passou a vida inteira comovendo com seus versos. Partiu despido de obrigações carnais, vestido de poesia. Vestiu suas asas de águia e escolheu seu último pouso.
A morte não é uma escolha. Nem mesmo a vida é uma escolha. Simplesmente nascemos. Simplesmente morremos. Temos prazo de validade. Entre o nascimento e a morte escrevemos nossa história. Entre alegrias e tristezas, cada um segue seu caminho. O fato é que a vida e a morte são absolutas. São certezas inexplicáveis. No mais, somos seres feitos de afeto. Por isso sentimos tanto algumas perdas. Por isso também tantas outras nos são indiferentes. Há os que escrevem páginas de sangue. Mas, sobretudo há aqueles iluminados que surgem vestidos de magia. Os que viajam no voo das palavras. Nas cores e no cheiro de amor que espalham pelas estradas. Há os que comovem até pelo silêncio. Este foi o caso do poeta Manoel Monteiro. Passou a vida inteira comovendo com seus versos. Partiu despido de obrigações carnais, vestido de poesia. Vestiu suas asas de águia e escolheu seu último pouso.
Manoel Monteiro saiu de casa bem cedo naquela manhã.
Poucos o avistaram. Ninguém sabia que, por pulsação e coragem, estava levando a
morte para longe de casa. Amava tanto os seus que preferiu esconder sua última
agonia. E foi voando, feito um passarinho. Foi para bem longe. Voou o mais alto
que pode. Então, despediu-se da vida com a mesma dignidade que viveu. Não vamos
cobrar qualquer explicação do poeta. Ele apenas decidiu voar sobre os abismos e
se abrigar na eternidade. Vamos respeitar sua vontade. Vamos compreender que a
sua imortalidade começa agora. Sua obra é sua eternidade desde que saiu da casa
do pai, sustentado nas asas do cordel. Sua contribuição à Poesia foi elevar a
Literatura de Cordel até o grau máximo. Até o reconhecimento da sua erudição.
Foi reconhecido pela crítica como o maior cordelista contemporâneo. Nosso poeta
viajou e deixou a bagagem. Deixou uma herança de bons frutos para serem colhidos
e semeados pelas futuras gerações.
Soube pelas redes sociais a notícia da sua partida.
Através do poeta e amigo Aderaldo Luciano, aliás, outro mestre. Pelas redes
sociais também, acompanhei a tristeza da família. No fundo, todos sabiam que
sua viagem era a derradeira. Este fato revelou outra face do poeta. Manoel
Monteiro era um homem amoroso. Viveu e morreu cercado pelo amor da família. Deve
ter viajado feliz. Ciente de sua missão cumprida. Além de grande poeta, era um
cidadão exemplar. Um intelectual matuto ou um matuto intelectual. Presença
obrigatória nos melhores festivais de literatura do país. Foi um grande difusor
do Cordel, gênero que é estudado pelas
universidades francesas como Literatura Popular Universal. Para Manoel
Monteiro, ser cordelista era sonhar. Então, vamos somar nossas vontades para
que o sonho do poeta não morra nunca.
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