por Lau Siqueira
Este artigo estará publicado no Jornal A União da próxima sexta, 28.03.14
O município de Frei Martinho,
no Seridó, realizou na última quarta-feira a mobilização paraibana do projeto “Mais
Bibliotecas Públicas”. Uma ação da Fundação Biblioteca Nacional em convênio com
o Centro de Desenvolvimento da Cidadania – CDC. A coordenação do Sistema
Estadual de Bibliotecas e a Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego - FUNESC
fazem parte desta mobilização. O evento colocou o município na vanguarda de uma
política pública de rara importância para o desenvolvimento social, cultural,
educacional e econômico das diferentes regiões brasileiras. A Biblioteca
Pública Municipal Augusto dos Anjos existe há 30 anos. Mas, não existia nos
cadastros da Fundação Biblioteca Nacional. Ao proporcionar a entrada no Sistema
de Bibliotecas Públicas a gestão do prefeito Aído Dantas se qualifica para
captar recursos e fortalecer a
Biblioteca Municipal. A mobilização paraibana em favor da ampliação do número
de bibliotecas foi uma deliciosa provocação para que outras cidades se espelhem
na sabedoria e na sensibilidade da gestão de um município paraibano, com pouco
mais de 3 mil habitantes. Afinal, a própria capital João Pessoa não possui
ainda a sua biblioteca pública municipal.
Políticas públicas para o
livro e para a leitura são instrumentos poderosos de construção cidadã. As
Bibliotecas cumprem um papel estratégico para a qualificação de outras
políticas públicas. Muito especialmente a Educação, onde a leitura age
diretamente na elevação da qualidade do ensino. São reais os avanços no Índice
de Desenvolvimento do Ensino Básico –
IDEB, onde são desenvolvidos projetos de incentivo à leitura literária. Em Frei
Martinho, a Biblioteca Pública funciona como instituição agregadora da
comunidade. O ambiente é agradável, generoso e conta com o apoio fundamental da
gestão para se transformar em referência no que tange às políticas públicas
para o livro, a literatura e a leitura.
A presença do prefeito do
início ao fim do evento, revela o interesse de um município que determina suas
prioridades e seus parceiros. Tudo é uma questão de escolha. Como diz a Bibliotecária Malena Xavier, coordenadora do
projeto Mais Bibliotecas Públicas: “o que custa mais aos cofres públicos: um
presídio ou uma biblioteca?” A Colômbia combateu e combate o crime organizado
nas zonas vulneráveis das suas cidades, com políticas de leitura e boas bibliotecas.
O que estamos esperando para intervir de forma efetiva nas guerras que
desvastam nossas comunidades? Uma
biblioteca é uma instituição estruturante para as demais políticas públicas. A
literatura é um direito do povo brasileiro. E este é um bom caminho para a Paraíba.
Este artigo estará publicado no Jornal A União da próxima sexta, 28.03.14
2 comentários:
Parabéns a tod@s @s envolvid@s nesta iniciativa.Que nossas autoridades em outros municípios sigam este belo exemplo!
Parabéns pela iniciativa à tod@s envolvid@s na organização e realização deste evento. Que nossas autoridades se mirem neste exemplo e mais e mais bibliotecas se espalhem por toda Paraíba, Nordeste, Brasil !!!
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