por Lau Siqueira
As redes sociais cumprem um papel de tamanha relevância nas comunicações que até as grandes corporações da mídia tradicional estão no Facebook e no Twitter. As redes têm uma característica interessante: o sujeito abre uma conta preenche um perfil, coloca uma foto para identificação e logo aparecem os seguidores. Em algum momento, no mesmo formato, na mesma rede social, o cidadão se depara, por exemplo, com o perfil do SBT ou do Estadão. A rigor, os padrões são idênticos. Também, nos últimos anos são milhares de blogs pessoais e portais que oferecem opções de acesso aos temas mais diversos. Logicamente que ainda estamos longe de uma revolução nas comunicações. Mas, ninguém pode negar que o momento é muito especial do ponto de vista da liberdade e da abertura de canais de expressão.
As redes sociais cumprem um papel de tamanha relevância nas comunicações que até as grandes corporações da mídia tradicional estão no Facebook e no Twitter. As redes têm uma característica interessante: o sujeito abre uma conta preenche um perfil, coloca uma foto para identificação e logo aparecem os seguidores. Em algum momento, no mesmo formato, na mesma rede social, o cidadão se depara, por exemplo, com o perfil do SBT ou do Estadão. A rigor, os padrões são idênticos. Também, nos últimos anos são milhares de blogs pessoais e portais que oferecem opções de acesso aos temas mais diversos. Logicamente que ainda estamos longe de uma revolução nas comunicações. Mas, ninguém pode negar que o momento é muito especial do ponto de vista da liberdade e da abertura de canais de expressão.
A “falta de apoio da imprensa” nunca teve muita consistência na
justificativa de insucessos. Hoje, definitivamente, não salva a pele de ninguém.
Para um cantor pouco conhecido que deseja mostrar seu trabalho, por exemplo,
não existe caminho melhor que as redes. No Facebook, seguramente, o nosso jovem
artista terá resultados mais seguros que na capa do melhor caderno de cultura
da cidade. Isso lembra os cordelistas. Eles nunca esperaram as editoras e os
jornais para encarar uma vida de frente pro verso. Logicamente que não
cometeremos a ingenuidade de anunciar a decadência da grande mídia. O poder é outro
papo. Mas, podemos arriscar que para muitos segmentos esses gigantes já se
tornaram irrelevantes faz tempo. É mais ágil e fácil a articulação de um
público alvo através das redes sociais. Existe um novo traçado através da
internet, radicalizando nas mudanças de hábito. O Jornal do Brasil já se tornou
exclusivamente virtual. A banalidade e a consistência disputam espaços nas
teias da Web. Logicamente que também as migrações do lixo cultural aceleraram o
passo. Mas, sem dúvidas, abriram-se inúmeras outras portas. É natural que tudo
isso gere uma esperança. Mesmo que o formato e a mediocridade das grandes
corporações pareçam também, cada vez mais sólidas.
A “grande assembleia universal”, sonhada por Brecht na era do rádio, vai
silenciosamente se cumprindo nesses tempos de velocidades. Sobretudo, está
posta ideologicamente. Se alguém pode gravar uma cena de novela na sala da sua
casa e colocar numa disputa (ainda que muito desigual) pela opinião pública,
então o indivíduo pode dizer: “a mídia sou eu”. Se isso tem relevância? Bem...
é dentro dessa nau de chips e bits que hoje navega a evolução da espécie
humana. As mudanças são irreversíveis. Definitivamente, depois da invenção da
roda o mundo anda cada dia mais rápido. É melhor não subestimar a Era Digital.
Texto para o Jornal da Paraíba do próximo domingo.
Texto para o Jornal da Paraíba do próximo domingo.
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