Por Lau Siqueira
O dia 17 de julho de 2014 marcou a história da
Orquestra Sinfônica da Paraíba - OSPB. Uma história que começou em 1945 e soma muitas
glórias. Conta, também, com períodos
difíceis. Esta é a trajetória de uma orquestra
que já foi considerada uma das melhores do país. Regida por maestros renomados
como Eleazar de Carvalho e Isaac Karabichewsky. Tocou
com solistas reconhecidos internacionalmente como Aldo Parisot. A OSPB estava
parada há um ano e meio, após cumprir determinação do Ministério Público
Estadual. O convênio mantido com a Universidade Federal da Paraíba era
considerado ilegal.
Nesse hiato de tempo a OSPB realizou o primeiro
concurso público da sua história para a contratação de músicos. O concerto do
dia 17 marcou a estreia desses músicos. A maioria muito jovens. Os contratados vieram compor o quadro com
juntamente com os remanescentes. Verdadeiras revelações como o Spalla Thiago
Formiga e outros muito experimentados. Músicos paraibanos, mineiros, chilenos,
argentinos, franceses... Esta é a nova Orquestra Sinfônica da Paraíba, regida
pelo competente e carismático Luiz Carlos Durier. O maestro já regia há 17 anos a Orquestra
Sinfônica Jovem da Paraíba. Durier foi, sobretudo, o grande aglutinador. O
grande elo para este retorno triunfal.
O público da orquestra estava saudoso. As pessoas foram chegando quase ao mesmo
tempo. No final, pudemos observar cerca de sete mil pessoas na Praça do Povo
para assistir um concerto que começou com música erudita, fez um passeio pelas
belas canções da tropicália (com arranjos do maestro Rogério Duprat),
terminando no bom e velho forró de Dominguinhos e outros mestres. Essa última
parte foi conduzida pela voz e pela
simpatia do sanfoneiro Cezzinha. Era visível o encantamento no olhar das
pessoas. Era possível sentir a emoção coletiva. Tanto pelo Espaço Cultural
restaurado quanto pelo retorno da Orquestra. Deu para sentir o quanto é imenso
o carinho do público paraibano pela sua grande orquestra. Os músicos sentiram aquele
grande momento. Estavam radiantes. O próprio solista, Cezzinha, percebeu que
estava participando de um momento histórico.
Agora é seguir em frente. A Orquestra Sinfônica da
Paraíba retorna com grandes perspectivas. Está de casa nova. Tanto as dependências
administrativas, quanto a moderna Sala de Concertos Maestro José Siqueira – uma
das mais modernas do país. São novos tempos que aguardam a OSPB. É possível e é
preciso sonhar com a possibilidade de colocá-la novamente entre as melhores do
país. O bom senso, o equilíbrio e o respeito pelos músicos demonstrados pelo
Maestro Luiz Carlos Durier é um caminho seguro para um futuro que começa agora.
O texto acima será publicado no Jornal A União do dia 25/07/14.
O texto acima será publicado no Jornal A União do dia 25/07/14.
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